O ditador Nicolás Maduro fez um apelo em inglês nesta quinta-feira (23) buscando reduzir a escalada militar com os Estados Unidos, numa tentativa pública de esfriar os ânimos em meio às operações anti-drogas na região.

O pedido ocorre enquanto militares americanos ampliam ações no Caribe e no Pacífico contra embarcações suspeitas de transportar drogas, numa linha direta de pressão sobre cartéis com atuação a partir da Venezuela. A crise mostra o agravamento das tensões entre Caracas e Washington, em meio a acusações mútuas e manobras diplomáticas. Palavras de Maduro soaram como gesto de contenção, mas não impediram a resposta americana.

Um dia após o apelo do líder venezuelano, os Estados Unidos realizaram mais um ataque a uma embarcação acusada de tráfico, elevando para 43 o número de mortos decorrentes das ações na região. Autoridades americanas afirmaram que o navio atingido pertencia ao cartel venezuelano conhecido como Tren de Aragua, organização apontada por Washington como uma estrutura de narcoterrorismo.

O uso de força letal contra embarcações suspeitas reflete a estratégia americana de desarticular rotas marítimas do narcotráfico e punir os grupos responsáveis pelo fluxo de entorpecentes. Em Washington, a ordem é clara: perseguir e destruir as redes que abastecem o mercado de drogas dos EUA.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, foi categórico ao divulgar um novo ultimato no X: narcotraficantes serão tratados como organizações terroristas, à semelhança da doutrina usada contra a Al-Qaeda. A declaração formaliza a intenção americana de mapear, rastrear e eliminar integrantes e estruturas dos cartéis, com operações noturnas e diurnas no mar e em áreas costeiras.

A retórica dura de Hegseth sublinha a transformação do combate ao tráfico em missão de segurança hemisférica e elemento central da política externa norte-americana na região. Para críticos, a medida eleva o risco de confrontos diretos com Estados que abrigam ou toleram essas redes.

A sequência de ataques no Caribe e no Pacífico evidencia ainda a vulnerabilidade das rotas marítimas usadas por traficantes e a disposição dos EUA em empregar poderio bélico para interrompê-las. A reivindicação de Maduro, embora pública e em inglês, não foi suficiente para reverter a operação americana nem para impedir novas ações contra embarcações suspeitas.

O episódio acirra o debate sobre soberania, segurança e combate ao narcotráfico na América Latina, e coloca em cena a crescente disposição dos EUA de agir de forma unilateral quando considerar necessária a defesa de seus interesses. A situação segue tensa, com potencial de novas repercussões regionais e diplomáticas.

By Jornal da Direita Online

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