O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), reagiu de forma dura e exaltada à participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no ato de 7 de Setembro realizado na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo Lindbergh, o governador “cruzou o Rubicão” ao afirmar em público que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Alexandre de Moraes”, em referência direta ao relator do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

A expressão usada pelo petista tem origem na Roma Antiga, quando o general Júlio César atravessou o rio Rubicão com suas tropas, desafiando abertamente o Senado e iniciando uma guerra civil. Desde então, “cruzar o Rubicão” passou a simbolizar uma decisão irreversível, geralmente em confronto com uma autoridade ou rompendo limites institucionais. Para Lindbergh, a frase de Tarcísio não representa apenas uma crítica política, mas sim um “ataque frontal ao STF”, que, segundo ele, poderia até configurar tentativa de coação no curso do julgamento de Bolsonaro e dos demais acusados pelo chamado “golpe de Estado”.

O petista também acusou Tarcísio de manipular uma frase do ministro André Mendonça, que declarou recentemente que “o bom juiz deve ser reconhecido pelo respeito e não pelo medo”. De acordo com Lindbergh, o governador paulista teria usado essa afirmação para atingir Alexandre de Moraes e, ao mesmo tempo, fazer coro em defesa da anistia aos condenados e investigados pelos atos do 8 de janeiro. “Essa anistia só serviria para consagrar a impunidade e a continuidade do golpe”, afirmou Lindbergh, acusando Tarcísio de tentar usar o discurso de pacificação para, na verdade, defender Bolsonaro e seus aliados.

Para o líder do PT, a postura de Tarcísio de Freitas é incompatível com a de um chefe do Executivo estadual. Em suas palavras, o governador estaria se colocando não como gestor de São Paulo, mas como defensor político de Jair Bolsonaro, com o objetivo de consolidar sua posição dentro da direita e pavimentar um caminho rumo às eleições presidenciais de 2026. “Quem ataca ministros e defende anistia para conspiradores não luta por liberdade: legitima o crime, sabota a Justiça e abre caminho para novos atentados contra a democracia”, disse Lindbergh em entrevista, em tom de ameaça e desqualificação.

A declaração do petista expõe claramente o incômodo do PT e do STF com o fortalecimento de Tarcísio no cenário nacional. Sua presença no ato de 7 de Setembro e suas falas contra Moraes elevaram ainda mais sua projeção política, colocando-o como um dos nomes centrais na defesa da anistia ampla, geral e irrestrita. Para os aliados de Bolsonaro, o movimento do governador paulista mostra coragem, enquanto para a esquerda é encarado como um desafio aberto à autoridade do Supremo.

By Jornal da Direita Online

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