A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro, que resultou em mais de 60 traficantes do Comando Vermelho mortos, provocou revolta no PT. O principal a se manifestar foi o senador e ex-prefeito Lindbergh Farias, que “surtou” no X (antigo Twitter) ao saber do sucesso da ação coordenada pelo governador Cláudio Castro (PL). O petista fez duras críticas à operação e acusou o governo fluminense de manter um “modelo falido” de segurança.
Em uma sequência de postagens, Lindbergh atacou Castro dizendo: “O governador tem uma postura vergonhosa e precisa explicar por que é contra a PEC da Segurança, que dá força à integração entre os órgãos federais, estaduais e municipais.” O petista ainda defendeu que as operações contra o crime deveriam ser “planejadas e dialogadas com o ministro da Justiça”, o que na prática significaria subordinar as forças estaduais ao controle de Brasília — algo que muitos veem como mais uma tentativa de centralizar o poder nas mãos do governo Lula.
Lindbergh também questionou a ação policial, afirmando que o modelo de confronto é “ineficiente e sangrento”. “O governador Cláudio Castro insiste em um modelo falido, utilizado há décadas, sem resultado concreto, exceto o derramamento de sangue de civis e policiais”, escreveu. As declarações causaram forte reação nas redes, especialmente entre apoiadores da segurança pública, que lembraram que os mortos eram criminosos armados e que a operação foi considerada um sucesso pelas autoridades locais.
O episódio escancara o abismo ideológico entre o governo Lula e os defensores da lei e da ordem. Enquanto o PT tenta impor discursos “humanitários” até mesmo sobre facções, Cláudio Castro mantém firme o combate ao tráfico e ao crime organizado, conquistando apoio popular. A fala de Lindbergh apenas reforça o retrato de um partido desconectado da realidade das ruas, que parece se incomodar mais com a derrota dos criminosos do que com o sofrimento das vítimas.