A juíza Ludmila Lins Grilo, atualmente vivendo nos Estados Unidos após ser perseguida pelo STF, comentou com emoção e indignação a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 criminosos mortos nos complexos da Penha e do Alemão. Carioca de nascimento, Ludmila recordou um episódio marcante de sua infância e aproveitou para criticar duramente o silêncio de Lula diante da escalada do narcoterrorismo.
“Eu recebi com muita tristeza as notícias do que estava acontecendo no Rio de Janeiro. Sou carioca, vivi a vida inteira no Rio e só saí depois que passei em um concurso em Minas Gerais”, relatou. Em seguida, lembrou um episódio pessoal que simboliza o drama vivido por milhões de cariocas: “Eu fui vítima de bala perdida quando era criança, aos 11 anos, quando brincava no pátio da escola, que ficava ao lado do Complexo do Alemão. A bala atingiu minha perna, felizmente não foi nada grave, e até hoje tenho uma cicatriz na canela.”
A magistrada exilada afirmou que a realidade carioca se deteriorou de forma assustadora, e que a inércia do governo federal diante do avanço das facções mostra omissão e cumplicidade ideológica. Para ela, é urgente que o crime organizado seja classificado como terrorismo, pois as facções utilizam estruturas militares, drones, granadas e armas estrangeiras para atacar o Estado e aterrorizar a população.
Em tom crítico, Ludmila fez a pergunta que ecoa entre milhões de brasileiros: “Por que Lula se recusa a fazer isso?” — questionando se a motivação seria política, ideológica ou estratégica. O desabafo de Ludmila Lins Grilo expõe o contraste entre quem viveu na pele a violência das favelas e quem, do conforto do poder, insiste em defender “direitos humanos” para criminosos armados até os dentes.