A madrugada de domingo (17/8) foi marcada por mais uma cena de barbárie no Rio de Janeiro. A jovem Sther Barroso dos Santos foi espancada até a morte na comunidade da Coreia, em Senador Camará, zona oeste da capital fluminense. De acordo com testemunhas, a jovem teria se recusado a deixar um baile funk acompanhada de um traficante, atitude que teria motivado a violência covarde.

Após as agressões, Sther foi deixada já desfigurada na porta de casa. A família, desesperada, tentou socorrê-la e a levou ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Porém, segundo o boletim médico, a jovem já chegou sem vida. O principal acusado pelo crime é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe — área controlada pela mesma facção criminosa, o Terceiro Comando Puro (TCP). Antes de morar na Vila Aliança, Sther e sua família também haviam vivido no Muquiço, o que reforça os vínculos territoriais do criminoso.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas familiares e vizinhos já relatam um clima de medo, comum em áreas dominadas por facções. A crueldade do crime foi tamanha que a história de Sther comoveu a população. Em meio aos pertences da jovem, a família encontrou um caderno com anotações que revelavam seu desejo de transformar 2025 em um ano de recomeço. Em suas páginas, Sther escreveu: “Vai ser o melhor ano da minha vida”.

Entre as metas que havia traçado estavam sonhos simples e legítimos: terminar a escola, fazer três cursos, ter um cachorrinho, focar na academia e agradecer a Deus todos os dias. Nas redes sociais, amigos e parentes lamentaram a brutalidade e compartilharam trechos desse caderno, transformando as anotações em um símbolo da vida interrompida de forma tão precoce e injusta.

O assassinato de Sther se soma a uma estatística alarmante. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), 49 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro apenas no primeiro semestre de 2025. A morte da jovem, junto com outros casos recentes em julho e agosto, engrossa ainda mais essa lista trágica, que revela o quanto a violência contra a mulher permanece fora de controle.

O episódio não apenas escancara a crueldade de facções criminosas que impõem sua lei nas comunidades, mas também denuncia o abandono do Estado e a falta de segurança que condenam jovens como Sther a uma rotina de medo e opressão.

By Jornal da Direita Online

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