
O senador Alessandro Vieira acendeu o pavio institucional ao afirmar que o Brasil está perto de ver um ministro de tribunal superior preso, algo inédito na história republicana. A pergunta que passou a ecoar em Brasília foi direta: quem seria esse ministro? A jornalista Malu Gaspar, em uma reportagem devastadora, oferece pistas que deixam o tabuleiro do poder em ebulição, colocando o caso Banco Master no centro da crise.
Segundo o relato, quando Dias Toffoli puxou para si o inquérito do Banco Master e decretou sigilo absoluto, figuras graúdas da capital respiraram aliviadas. Acreditavam que o movimento sufocaria qualquer ramificação explosiva que pudesse atingir políticos e magistrados. Mas o plano desandou quando veio à tona que o próprio Toffoli havia viajado em jato de empresário ligado ao caso, acompanhado do advogado de investigados, horas antes de decretar o “sigilo master”. A blindagem virou constrangimento nacional.
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Poucos dias depois, a bomba seguinte: Alexandre de Moraes também estava profundamente exposto no caso. Já era conhecido o vínculo do escritório de sua esposa com o Master, mas o valor do contrato chocou até os mais calejados de Brasília: R$ 3,6 milhões por mês, somando R$ 129,6 milhões por três anos. O escopo ia de defesa jurídica até “acompanhamento de projetos de lei” no Congresso — uma formulação que levantou sobrancelhas até entre aliados do governo.
Nenhum dos citados explicou até agora o que o contrato realmente cobria, por que os valores são tão acima da prática do mercado ou quais projetos o banco acompanhava nas Casas Legislativas. Em silêncio estratégico, o Supremo tornou-se alvo de comentários que, segundo Malu Gaspar, circulam abertamente nas conversas privadas de Brasília, na Faria Lima e até nas estações de trem da Central do Brasil: o STF perdeu seu lastro moral ao mergulhar naquilo que a jornalista chama de “geleia moral dos centrões da vida”.
No momento, o que aterroriza ministros não é a investigação em si, mas o que ainda pode vir à tona. O caso Master já revelou conexões, valores e comportamentos que fariam qualquer instituição se encolher. E é neste contexto que a fala de Alessandro Vieira, esta sim histórica, soou como sentença anunciada:
“Já tivemos presidente preso. Já tivemos senador, deputado, ministros. Mas nunca ministros de tribunais superiores. E me parece que esse momento se avizinha.”
Para muitos, pode parecer exagero. Para outros, pode ser apenas a antecipação do inevitável. O fato é que a República treme quando quem sempre julgou passa a ser julgado. E, desta vez, o público não parece disposto a desviar o olhar.
