
O advogado Jeffrey Chiquini, defensor do tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo, solicitou nesta quarta-feira (12) a suspensão do julgamento até que seja apresentado o laudo pericial do celular apreendido de seu cliente.
A ação em questão trata do monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a Polícia Federal, ocorreu em 15 de dezembro de 2022, como parte do chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”.
Chiquini argumentou que a única ligação de Azevedo com a operação é que um dos celulares identificados naquele dia passou a ser usado por ele 14 dias depois.
“Nós derrubamos o castelinho de areia da acusação e provamos a inocência do Azevedo”, disse o defensor, afirmando que seu cliente estava em casa, com a família, pedindo uma refeição do Spoleto na noite do suposto monitoramento.
Durante a sessão, Chiquini também cobrou uma investigação sobre o delegado responsável pelo caso, Fábio Shor, e solicitou formalmente que a Polícia Federal forneça o laudo de extração do celular do coronel.
“Então, Excelência, essa pergunta, ela é maravilhosa. Eu agradeço o senhor por fazê-la. Vamos suspender esse ato. Eu coloco isso. Então, vamos suspender esse julgamento, oficiar a Polícia Federal para que forneça o laudo de extração do celular do Azevedo e todos nós tiraremos essa conclusão. Eu não tenho, senhor ministro, o laudo de extração do celular do coronel apreendido, que está com o delegado”, afirmou.
“Eu estou buscando prova diabólica. Que processo penal é esse? Eu estou tendo que usar prova do celular da esposa, prova do celular da irmã, sendo que o delegado tem o celular do coronel Azevedo nas mãos. Ministro Zanin, isso aqui não aconteceu nem na Operação Lava Jato. Rogo a Vossa Excelência, não permita que vivemos isso. Eu não tenho como defender uma pessoa dessa forma, ministra Carmen Lúcia. Nós estamos na Suprema Corte do nosso país. Pelo amor de Deus, cadê o laudo do celular dele?”, declarou, em referência ao advogado Cristiano Zanin, conhecido por atuar na defesa de Lula nos processos da Lava Jato.
A solicitação de Chiquini marca um momento tenso do julgamento, enquanto a defesa busca garantir que todas as provas oficiais sejam apresentadas antes da continuação do processo.
