O deputado federal André Janones (Avante-MG) decidiu imitar o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) e publicou um vídeo cheio de acusações contra o governo Jair Bolsonaro envolvendo o escândalo do INSS. Apostando em um fundo preto para dar um ar dramático à gravação, Janones tentou reproduzir o estilo que alçou Nikolas ao sucesso nas redes sociais. No entanto, a tentativa ficou longe de alcançar o mesmo impacto.
Diferentemente de Nikolas, Janones carrega nas costas um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para escapar de um processo por rachadinha, o que compromete sua imagem. Apesar dos ataques a Bolsonaro, o vídeo não repercutiu como ele esperava. Em três dias após a publicação, Janones mal conseguiu atingir 3 milhões de visualizações, mostrando que copiar estilo não é o bastante para conquistar o público.
O contraste é gritante quando se compara com os números de Nikolas Ferreira. Em um de seus vídeos mais impactantes, onde denunciava o monitoramento do Pix, Nikolas ultrapassou a marca impressionante de 120 milhões de visualizações em apenas 24 horas. Isso demonstra a enorme diferença de influência e conexão com a base conservadora, algo que Janones parece distante de alcançar.
Mesmo vídeos considerados medianos de Nikolas, como o que abordava o tema da anistia, chegaram a números expressivos, batendo perto dos 60 milhões de views. A discrepância evidencia que a audiência conservadora reconhece autenticidade, e não se impressiona facilmente com tentativas forçadas de lacração por parte de políticos oportunistas ligados à esquerda.
Janones, que teve seu mandato salvo com o apoio de figuras como Guilherme Boulos (Psol-SP), enfrenta dificuldades cada vez maiores para se manter relevante nas redes. A tentativa de surfar no formato de sucesso de Nikolas não só fracassou, como ainda expôs sua falta de espontaneidade. Mais uma vez, fica provado que autenticidade não se copia — ou se tem, ou se passa vergonha.