Enquanto a cúpula do Brics, sob o comando do governo Lula, adotava uma postura vergonhosamente conivente com regimes autoritários como Irã e Rússia, a vereadora Janaina Paschoal (PP-SP) subiu o tom e fez duras críticas ao alinhamento ideológico promovido pelo petismo. Para ela, o Brasil está dando passos perigosos rumo ao isolamento internacional e abandonando sua histórica neutralidade para se alinhar a ditaduras que afrontam a democracia e os direitos humanos.
Janaina questionou diretamente o papel do Itamaraty e das Forças Armadas diante desse movimento do Planalto. Segundo ela, o distanciamento em relação aos Estados Unidos e à Europa ocorre de forma “pouco inteligente” e tem potencial de prejudicar o Brasil. A vereadora foi além e cobrou que o STF, tão ativo em outras frentes, deveria agora “agir a favor da democracia” diante do avanço autoritário embutido no discurso internacional de Lula.
A parlamentar alertou ainda para a tentativa de Lula em emplacar um “quarto mandato”, o que para ela já revela “veia antidemocrática”. Na visão de Janaina, tanto Lula quanto Bolsonaro já deveriam estar apontando sucessores, ao invés de centralizar o debate presidencial neles mesmos. O alerta é claro: o Brasil precisa retomar o caminho da prudência, e não mergulhar em aventuras ideológicas externas.
A declaração final do Brics, redigida com forte influência do governo brasileiro, foi amplamente criticada por amenizar a conduta da Rússia e condenar diretamente os ataques ao Irã. Enquanto o documento silenciou sobre os crimes de guerra praticados pelo regime de Vladimir Putin na Ucrânia, destacou os danos causados por ações ucranianas em solo russo. Uma inversão completa da realidade dos fatos.
Na prática, Lula tenta usar o Brics como uma plataforma para validar regimes autoritários e reforçar seu discurso antiocidental. A defesa da ditadura iraniana, aliás, é um tapa na cara da comunidade internacional, especialmente considerando o histórico de violações de direitos humanos daquele regime. Tudo isso expõe o Brasil ao ridículo e ao risco de sanções diplomáticas no futuro.