
A Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) divulgou nota oficial nesta segunda-feira afirmando que seu presidente, Carlos Roberto Ferreira Lopes, não está foragido, como divulgado em diversos veículos. A entidade alegou que o dirigente viajou para uma área de difícil acesso, com comunicação restrita, o que explicaria o atraso no contato com as autoridades.
Lopes é alvo da investigação da Polícia Federal (PF) na chamada Operação Sem Desconto, que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados. Há mandados de prisão preventiva contra ele, mas, segundo a Conafer, ele permanece à disposição da Justiça.
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A Conafer reforçou que Lopes “já está em processo de retorno” e que se apresentará às autoridades assim que tiver acessado os autos da investigação. A entidade assegurou que colabora com todas as apurações de forma transparente e questionou o que chamou de “notícias irresponsáveis” que o teriam classificado como foragido.
Do lado da investigação, a PF considera que Lopes é “foragido” por não ter sido localizado para cumprimento do mandado até o momento, o que reforça o tom de urgência e gravidade da operação. O contraste entre a narrativa oficial e a posição policial acentua a dúvida sobre o real paradeiro e compromisso do dirigente com a apuração.
Para quem defende ordem, transparência e punição exemplar de quem ataca o sistema previdenciário, o episódio representa mais que uma disputa de versão: é um teste para a credibilidade das instituições que investigam. Se o principal suspeito alega viagem, enquanto a polícia declara foragido, quem confere esse tipo de narrativa e quais os reflexos para o combate à fraude?
Em resumo: a Conafer nega que o presidente tenha fugido e afirma que ele viajou; enquanto isso, a PF mantém que ele está foragido no inquérito que apura desvios milionários no INSS. A divergência gera inquietação sobre o ritmo e a efetividade da investigação.
