
O prestigiado jornal norte-americano The Washington Post lançou luz sobre uma verdade que até aliados do PT tentam esconder: Lula está visivelmente desgastado e enfrenta sérias dificuldades para manter seu projeto de poder até 2026. A reportagem, publicada nesta semana, traça um paralelo direto entre o petista e Joe Biden, outro líder envelhecido, criticado por decisões tardias e por estar cada vez mais distante da realidade do povo.
Com base em entrevistas com integrantes do próprio PT e analistas políticos, o jornal destaca o que já é perceptível a olhos vistos: Lula está mais lento, irritadiço e alheio aos problemas reais do país. Essa postura distante, somada à falta de energia para enfrentar os desafios do cargo, levanta dúvidas até entre seus apoiadores sobre a viabilidade de sua reeleição quando completar 80 anos.
Outro ponto central da matéria é a ausência de um nome viável para suceder Lula. A esquerda brasileira, envelhecida junto com seu principal expoente, parece incapaz de dialogar com a juventude e com setores da sociedade mais pragmáticos. Enquanto isso, a direita, especialmente o campo conservador liderado por Jair Bolsonaro, segue forte e com amplo apoio popular — inclusive de parte significativa da população que já avalia como melhor a gestão passada em comparação à atual.
Os números preocupam. A reprovação de Lula tem aumentado, e a população brasileira demonstra crescente insatisfação com os rumos do país. Dados citados pelo jornal indicam que dois terços dos brasileiros estão preocupados com a saúde do presidente, o que enfraquece ainda mais sua liderança num cenário já politicamente instável.
O chamado “efeito espelho” entre Lula e Biden expõe um problema estrutural nos governos de esquerda: líderes ultrapassados que se apegam ao poder mesmo quando o povo clama por renovação. O Brasil não pode pagar o preço por um projeto de poder centrado num líder fragilizado e em um partido sem futuro.