A deserção do Major-General Pedro Rafael Suárez Caballero, ex-chefe de Recursos Humanos da Força Aérea Bolivariana, provocou um terremoto político-militar dentro do regime de Nicolás Maduro. O oficial de alta patente abandonou o país e já estaria colaborando com autoridades americanas, entregando informações confidenciais sobre a cúpula chavista e seus vínculos com o Cartel dos Sóis, rede criminosa acusada de controlar o narcotráfico internacional a partir das Forças Armadas.
Fontes confirmam que Suárez Caballero está nos Estados Unidos, onde participa de reuniões sigilosas. A magnitude do cargo que ocupava torna a deserção inédita: ele era um dos militares mais graduados ainda fiéis ao regime. A ironia não passou despercebida: em junho, o próprio general havia punido 80 sargentos por deserção, tentando conter a debandada das tropas.
Relatos apontam que a fuga se deu de forma cinematográfica. O general teria escapado disfarçado de pescador, em um barco rumo a Trinidad e Tobago, sendo posteriormente encaminhado aos EUA com apoio de Washington, em mais um capítulo da pressão internacional contra Maduro. As informações reveladas podem resultar em novas sanções e processos internacionais contra líderes do regime.
Suárez Caballero, que presidiu o conselho investigativo da Força Aérea, também é acusado por entidades de direitos humanos de reprimir dissidentes militares. Sua mudança de lado pode representar um divisor de águas para futuras investigações internacionais. Rumores em Caracas dão conta de que o regime chavista já teria emitido ordem de captura “vivo ou morto” contra o militar, após a confirmação da deserção.
Até agora, o governo da Venezuela não comentou oficialmente o episódio, mas nos bastidores cresce o temor de que outros oficiais sigam o mesmo caminho, fragilizando ainda mais a base de sustentação militar de Maduro.