O ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, foi autorizado a acompanhar presencialmente seu julgamento no Supremo Tribunal Federal. O caso será analisado pela 1ª Turma da Corte nesta terça (22) e quarta-feira (23), em Brasília. Ele é acusado, junto a outras cinco pessoas, de integrar o chamado “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe.
A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República, tem sido classificada por muitos juristas como frágil e politizada. Filipe Martins foi preso por seis meses por ordem do ministro Alexandre de Moraes e agora terá a chance de se defender de frente. O julgamento promete ser tenso e cercado de repercussões políticas.
O reencontro com Moraes será inevitável. O ministro que determinou sua prisão é o mesmo que agora participa do julgamento. Para aliados de Martins, o simples fato dele comparecer presencialmente à sessão demonstra coragem e disposição em enfrentar de cabeça erguida o sistema que o persegue desde 2023.
Um ponto curioso do processo envolve o suposto uso fraudulento de passaporte por parte de Filipe. No entanto, novas informações vindas da Justiça dos Estados Unidos indicam que pode ter havido irregularidades por parte das autoridades brasileiras, o que agora está sendo investigado internacionalmente.
Martins tem afirmado, por meio de sua defesa, que sempre colaborou com as investigações e jamais tentou se evadir da Justiça. Seu nome foi associado a um grupo apenas por afinidade política com Bolsonaro, o que, para muitos, é uma grave distorção jurídica. O clima de perseguição política paira no ar.
O julgamento da 1ª Turma pode ser um marco. Não apenas pelo desfecho do caso, mas pelo que ele representa: um cidadão conservador diante de um tribunal acusado de militância política. O Brasil inteiro estará de olho em cada detalhe do que acontecer dentro da Suprema Corte nesta semana.