Paulo Augusto de Araújo Boudens, ex-assessor do presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP), informou a integrantes da CPMI do INSS que está recluso por ter recebido ameaças de morte supostamente vindas de familiares do próprio senador.

Na sexta-feira (4), parlamentares confirmaram que o advogado, suspeito de participar do esquema que desviou R$ 4 bilhões de aposentados, mantém-se afastado desde que seu nome surgiu nas investigações.

A Polícia Federal identificou que Boudens recebeu R$ 3 milhões da Arpar Participações, empresa apontada como parte domecanismo de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas no esquema. A transferência ocorreu enquanto ele trabalhava diretamente no gabinete de Alcolumbre como assessor parlamentar.

A Arpar Participações apresentou movimentação financeira expressiva entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, totalizando R$ 98 milhões. Metade desse valor – R$ 49 milhões – foi depositada por Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, identificado como um dos principais operadores das fraudes.

Boudens atualmente ocupa cargo no Conselho Político do Senado desde outubro de 2024, com salário mensal de R$ 30 mil. Uma pessoa próxima ao advogado procurou membros da CPMI para explicar que seu afastamento do cenário público está relacionado às ameaças contra sua vida.

Diversos parlamentares protocolaram requerimentos solicitando o depoimento de Boudens na comissão parlamentar mista de inquérito. Os pedidos ainda aguardam análise e votação. Alguns integrantes da CPMI também buscaram esclarecimentos informais do presidente do Senado sobre as suspeitas envolvendo seu ex-assessor.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) questionou Alcolumbre diretamente no plenário, pedindo o afastamento de Boudens do quadro de funcionários do Parlamento. O presidente do Senado não se pronunciou sobre o assunto.

Jornal da cidade

By Jornal da Direita Online

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