A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos estão deliberadamente mentindo ao alegar perseguição política contra Jair Bolsonaro após sua condenação. Segundo ela, as autoridades americanas sabem que o processo no STF respeitou todos os trâmites legais, mas mesmo assim propagam uma narrativa distorcida para envolver o Brasil em controvérsia internacional.
Gleisi criticou declarações recentes de Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, e Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, afirmando que eles acusam o Brasil de suposta violação de direitos humanos e “opressão judicial” sem base nos autos do processo. Ela defende que as ameaças diplomáticas e econômicas são uma afronta à soberania nacional, comparando-as a tentativas de interferência externa.
Para a ministra, Bolsonaro ou seus apoiadores estariam estimulando essa narrativa internacional para enfraquecer o julgamento, pintando-o como perseguição política em vez de responsabilização legal. Ela acusa que houveram penalidades e sanções impostas pelos EUA com o objetivo de politizar o caso, distorcendo fatos e ignorando que a condenação foi resultado de investigação e análise jurídica conduzidas no Brasil.
Gleisi sustenta que a condenação ocorreu dentro do devido processo legal, com preservação do estado democrático de direito, e que os EUA ignoram provas, votos e decisões judiciais para manter uma versão conveniente de injustiça. Ela considera ilegal e abusiva a pressão externa que tenta livrar Bolsonaro das consequências de seus atos, chegando a falar de traição institucional.
O episódio intensifica a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Discurso governamental e reações oficiais no Brasil reforçam que a soberania não será negociada e que o país não aceitará imposições externas. Gleisi conclui que resistir a essas narrativas é vital para preservar a legitimidade das instituições brasileiras.