
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (4), em Porto Velho (RO), um homem acusado de comandar um sofisticado esquema de fraudes contra o INSS, com prejuízo estimado em até R$ 7,7 milhões. Segundo as investigações, o criminoso mantinha cinco identidades falsas para receber benefícios previdenciários e contratar empréstimos consignados de forma irregular.
A ação, chamada de Operação Desafio, é um desdobramento da Operação Tango, deflagrada em 2022, após um atentado contra um veículo de imprensa. Conforme a PF, já foram confirmados R$ 3,3 milhões em saques e empréstimos fraudulentos, sendo R$ 1,4 milhão apenas em créditos consignados.
O esquema contava ainda com a participação de pessoas ligadas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), suspeitas de estruturar o golpe por meio da abertura de empresas em nome das identidades falsas, dando aparência legal às operações. A investigação apura se advogados atuavam como mentores jurídicos da fraude.
O principal alvo foi levado à Superintendência da PF em Rondônia e deverá responder por estelionato previdenciário, falsidade ideológica, uso e falsificação de documentos públicos, além de outros crimes ainda em apuração. A expectativa é que novas prisões ocorram nos próximos dias.