O jornalista Glenn Greenwald, que também é advogado constitucionalista e fundador do The Intercept, voltou a criticar magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF). Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (11), ele apontou que os abusos da Corte são óbvios e questionou quem poderia pará-los.

Segundo Glenn, “até os mais fervorosos defensores de Alexandre de Moraes e do STF deveriam ficar escandalizados com as recentes revelações no caso Banco Master”. Ele também citou Dias Toffoli, que viajou no final de novembro para Lima, no Peru, em um jato privado do empresário Luiz Oswaldo Pastore, quando foi assistir à final da Copa Libertadores. No mesmo voo estavam o advogado Augusto Arruda Botelho, que atua na defesa de um diretor do Banco Master, e o ex-deputado Aldo Rebello.

– O banco falido, acusado de fraude e outros crimes, solicitou que o STF assumisse plena competência sobre o caso, e o ministro Dias Toffoli concordou de forma controversa. Essa não foi a única decisão favorável que o banco recebeu do STF. Poucos dias depois, Dias Toffoli atendeu ao pedido do Master para “sigilo máximo” ao caso. Este jornal afirmou: “não há justificativa compreensível para a manobra”. Esse é o contexto que tornou as revelações da semana passada tão chocantes. (…) Embora o ministro alegue que ele e Botelho não discutiram o caso Banco Master enquanto desfrutavam do jatinho, a aparência de impropriedade é suficiente para corroer —e de fato destruir— a credibilidade de qualquer sistema jurídico – escreveu Greenwald.

Ele defendeu ainda que “muitos ministros do STF operam sem limites de qualquer tipo: éticos, legais, constitucionais ou políticos”.

– Eles desfrutam de viagens frequentes à Europa, financiadas pelas empresas cujos casos julgarão. Muitos têm cônjuges e filhos contratados por clientes com casos crucias em tramitação no STF. Suas vidas e condutas parecem mais próximas às de aristocratas do que de juízes isentos. Não é difícil entender por que os ministros do STF são tão audaciosos e despreocupados. Quem tem a coragem, ou até a capacidade, de enfrentá-los e dizer-lhes não? Os excessos e abusos extremos do STF não se limitam aos casos jurídicos que lhe são submetidos. O tribunal tem imposto repetidamente suas preferências em questões puramente políticas, como se o Congresso não existisse – destacou o jornalista americano.

Ele concluiu o artigo afirmando que os magistrados do STF “sabem que construíram um poder absoluto e inquestionável”.

– O que veio depois é parte da natureza humana e sempre acontece quando tanto poder é concentrado nas mãos de poucos: o poder absoluto corrompe absolutamente.

By Jornal da Direita Online

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