
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu adotar uma estratégia mais cirúrgica nas articulações com o governo Donald Trump, focando sua atuação em garantir que eventuais sanções internacionais contra o STF recaiam prioritariamente sobre o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa. A movimentação ocorre diante da expectativa de que as medidas — embasadas na Lei Magnitsky — sejam anunciadas ainda nesta semana.
Segundo informações de bastidores, a Casa Branca teria listado Moraes, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso como alvos das sanções, mas Eduardo vem atuando para que a pressão se concentre em Moraes, considerado o principal símbolo da perseguição política, censura e abusos judiciais no Brasil. A ideia é isolar o ministro mais autoritário da Corte e evitar que a resposta americana seja vista como uma condenação ao STF como um todo.
A movimentação do deputado ocorre após apelos de aliados do próprio PL e de outras figuras públicas que entendem que uma trégua com ministros menos alinhados ao autoritarismo de Moraes pode abrir espaço para um reequilíbrio institucional. A aposta é de que o recado duro dos Estados Unidos sirva de alerta para o restante da Corte, sem fechar todas as portas para o diálogo no futuro.
Eduardo já vinha mantendo conversas com interlocutores do governo Trump e agora intensificou os esforços diante do agravamento da crise diplomática e da iminente aplicação das sanções. O movimento é visto como um gesto estratégico: manter o foco no principal violador das liberdades civis — Alexandre de Moraes — e evitar que ministros que ainda podem rever suas posturas sejam empurrados para o mesmo campo da radicalização.
A expectativa é que, com a pressão internacional e o avanço das sanções, o STF sofra um abalo institucional capaz de forçar recuos internos e aberturas ao diálogo, ainda que pontuais. O nome de Moraes segue como símbolo maior da repressão, e a punição, se confirmada, pode marcar o início de uma reversão da escalada autoritária imposta ao Brasil nos últimos anos.