O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu nesta terça-feira (28) com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, para discutir o projeto de lei que classifica facções criminosas como grupos terroristas. O encontro ocorreu logo após a megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que deixou mais de 60 mortos, incluindo quatro policiais, reacendendo o debate sobre a escalada da violência e o poder das facções no país.

Derrite, atualmente licenciado de seu mandato como deputado federal, é o relator da proposta, que prevê enquadrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e as milícias sob a Lei Antiterrorismo. A medida tornaria possível aplicar penas mais severas e ampliar a cooperação internacional no combate às organizações criminosas. A ideia ganhou força depois que o Ministério da Justiça — sob gestão petista — negou um pedido dos Estados Unidos para reconhecer oficialmente as facções como grupos terroristas, decisão que gerou forte reação de governadores e parlamentares da oposição.

Durante a reunião, Hugo Motta ouviu os argumentos de Derrite e de lideranças da segurança pública, mas não se comprometeu com a data de votação. “Estamos conversando”, limitou-se a dizer o presidente da Câmara. O silêncio, porém, aumentou a pressão de deputados da bancada da segurança e de aliados de Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas, que cobram agilidade na tramitação diante da gravidade do avanço das facções.

O projeto, apresentado em março pelo deputado Danilo Forte (União-CE), passou a ser tratado como prioridade nacional após a megaoperação no Rio, que revelou a força do narcotráfico organizado e armado com fuzis de guerra. A proposta divide o Congresso: enquanto a direita defende a tolerância zero contra o crime e o reconhecimento das facções como terroristas domésticos, a esquerda teme “abusos” e tenta frear a votação. A decisão de Hugo Motta nas próximas semanas mostrará se o Parlamento ficará do lado das forças de segurança — ou da omissão política.

By Jornal da Direita Online

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