Com a carta de renúncia já entregue pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, Lula agora enfrenta a possibilidade real de perder mais dois nomes de sua Esplanada: André Fufuca (Esporte) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral). A desfiliação do União Brasil ganhou eco no Progressistas (PP), que já sinalizou desembarque da base governista, tornando iminente a saída de Fufuca.
Atualmente, União Brasil e PP ocupam quatro pastas no governo, mas somente Sabino e Fufuca estão realmente na mira de desligamento. Os ministérios de Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), ambos indicados pelo senador Davi Alcolumbre, foram poupados — pela influência pessoal de Alcolumbre no governo.
No Esporte, cogitam-se nomes ligados ao próprio PT para substituir Fufuca, dado o peso político reduzido da pasta. Já na Secretaria-Geral, circula forte o nome de Guilherme Boulos (PSOL-SP) para ocupar o cargo, embora Macêdo tenha negado tratativas diretas com Lula sobre a substituição.
O Executivo avalia alternativas para o Ministério do Turismo: Marcelo Freixo, presidente da Embratur e filiado ao PT, desponta como favorito. Outras opções incluem nomes técnicos como Cristiane Leal Sampaio e Ana Carla Machado Lopes. Enquanto isso, Sabino permanece formalmente no cargo, mas deve acompanhá-lo até a próxima semana.
O quadro político do governo Lula se mostra cada vez mais instável. A debandada de partidos da base, somada à pressão por trocas ministeriais, expõe o enfraquecimento da estrutura política petista.