Durante participação no programa Pleno Time nesta quarta-feira (30), a senadora Damares Alves (PL-DF) foi firme ao esclarecer que o escândalo envolvendo os descontos ilegais em aposentadorias e pensões tem origem no governo do PT. Segundo ela, a fraude começou ainda em 2016, sob o comando da ex-presidente Dilma Rousseff, e não em 2019, como a militância tenta sugerir para atingir o governo Bolsonaro.
“Esses descontos indevidos começaram em 2016, no governo Dilma. O ovo da serpente nasce ali. Em 2019, o presidente Bolsonaro tentou acabar com isso. Ele editou uma medida que colocava um fim nesse esquema”, afirmou a senadora, jogando luz sobre um dos principais pontos negligenciados pela imprensa tradicional.
A senadora também apontou o papel da esquerda no Congresso, que derrubou a medida proposta por Bolsonaro. “O Congresso, dominado pela esquerda na época, barrou as ações do presidente. Foram eles que impediram a MP de avançar”, declarou. A fala evidencia o boicote sistemático sofrido por qualquer tentativa de moralização da máquina pública durante o governo conservador.
A Medida Provisória citada, a MP 871/19, visava justamente coibir fraudes em descontos não autorizados nas aposentadorias. O texto estabelecia a obrigatoriedade da autorização expressa dos beneficiários e previa a revalidação anual desses descontos, garantindo mais proteção para quem depende do INSS.
Segundo Damares, a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), atualmente articulada pela oposição, trará à tona a verdade sobre a origem e a expansão dessa fraude. “A CPMI vai provar tudo isso. Vai mostrar como tudo começou com o PT e como cresceu agora, no governo Lula”, assegurou a parlamentar, deixando claro o papel investigativo e corretivo que a comissão pode exercer.
A senadora ainda alertou que, sob o governo atual, os descontos irregulares não apenas continuaram, como aumentaram consideravelmente. “Esses descontos aumentaram muito no atual governo. Estão atingindo cada vez mais os aposentados. É um escândalo que precisa ser parado”, concluiu Damares, reforçando o apelo por justiça e responsabilidade.
Para que a CPMI seja oficialmente instalada, são necessárias 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara dos Deputados. Segundo Damares, a oposição está perto de atingir esse número. “Estamos quase lá. O povo exige respostas e nós vamos buscá-las”, afirmou ao Pleno.News.