A sessão desta terça-feira (30) na Câmara Municipal de São Paulo foi marcada por confusão generalizada durante a discussão do Projeto de Lei 416, que trata do reajuste dos servidores públicos. O vereador Toninho Vespoli (PSOL), conhecido por sua ligação com o sindicalismo militante, subiu à tribuna com uma faixa provocativa com os dizeres: “Vagabundagem é vereador que só quer lacrar na internet”, em ataque direto ao vereador Rubinho Nunes (União Brasil).
A provocação gerou resposta imediata. Rubinho, que momentos antes já havia feito um discurso contundente contra privilégios do funcionalismo e o uso político de crianças em manifestações sindicais, não deixou barato. Em um ato que inflamou os ânimos, Toninho lançou a faixa em cima de Rubinho em pleno plenário, aumentando ainda mais o clima de hostilidade entre os parlamentares.
“Pode discordar, mas usar faixa para agredir e desrespeitar colega é o retrato do desespero de quem vive de sindicalismo e gritaria”, rebateu Rubinho, sem se intimidar. A atitude do vereador do PSOL foi interpretada por muitos como um ataque baixo e desesperado diante da firmeza com que Rubinho vem defendendo responsabilidade fiscal e respeito à população que paga impostos.
O episódio escancarou a polarização ideológica na Câmara Municipal de São Paulo, principalmente nos debates envolvendo educação e funcionalismo público. De um lado, parlamentares que defendem meritocracia, cortes de privilégios e reformas sérias. Do outro, aqueles que usam a velha cartilha sindical para atacar quem ousa enfrentar os interesses corporativos instalados na máquina pública.