Sem anunciar em rede nacional, sem coletiva de imprensa e muito menos sem o barulho típico do regime chinês quando confronta o Ocidente, Pequim está voltando atrás na sua própria guerra comercial. Segundo informações de bastidores, a China começou a isentar discretamente tarifas sobre ao menos 131 produtos importados dos Estados Unidos. Entre os itens estão produtos químicos e farmacêuticos, vitais para vários setores da economia chinesa.
As isenções, que circularam entre comerciantes e empresas locais, ainda não foram confirmadas oficialmente, mas já estão em vigor na prática. Pelo menos seis empresas teriam conseguido importar esses itens sem qualquer cobrança tarifária, segundo fontes confidenciais. O recuo indica que o impacto da guerra comercial começou a pesar demais sobre a economia do Partido Comunista Chinês, que já sofre com um crescimento mais lento e desaceleração industrial.
Os produtos isentos representam cerca de US$ 40 bilhões das importações chinesas de mercadorias norte-americanas apenas em 2024. Esse valor equivale a quase um quarto do total importado dos EUA, um percentual que desmonta a narrativa do enfrentamento irrestrito com Washington. Ou seja, na prática, o regime comunista está pedindo arrego — só que em silêncio.
Esse tipo de manobra confirma o que analistas conservadores já alertavam: por trás do discurso altivo da China, existe um regime cada vez mais fragilizado diante da pressão externa. A economia chinesa precisa desesperadamente de estabilidade e suprimentos estratégicos, o que a força a reabrir portas que, publicamente, fingia querer fechar. Enquanto isso, os Estados Unidos seguem recebendo os sinais de que a paciência comunista tem limites.
A guerra comercial, tida como grande símbolo de resistência chinesa contra o Ocidente, agora vira um jogo de bastidores, de ajustes silenciosos e concessões discretas. A lição é clara: nem o dragão vermelho aguenta o tranco quando o jogo aperta de verdade.