Após atuar junto ao governo de Donald Trump para evitar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), continuasse enquadrado pela Lei Magnitsky, o petista Lula deve avançar na cobrança de contrapartidas políticas. 

Nos bastidores do Planalto, aliados indicam que o gesto não foi gratuito e que há expectativas claras em relação ao papel do magistrado daqui para frente.

Entre os principais pontos dessa conta política está a indicação do ministro Jorge Messias ao STF. Nomeado por Lula no fim de novembro, Messias ainda enfrenta dificuldades para viabilizar sua aprovação no Senado Federal, onde o apoio necessário segue incerto.

A resistência mais significativa, segundo interlocutores do governo, parte do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador defendia que a vaga fosse ocupada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente da Casa, o que gerou desconforto dentro da base governista e atrasou o avanço da sabatina.

A leitura no Palácio do Planalto é de que, aliviado da pressão internacional associada à Lei Magnitsky, Alexandre de Moraes estaria em posição mais confortável para atuar politicamente nos bastidores. A expectativa é que o ministro use sua influência para dialogar tanto com Alcolumbre quanto com o próprio Pacheco, ajudando a remover os obstáculos à confirmação de Messias no Supremo.

Essa aposta se apoia, sobretudo, na relação próxima que Moraes mantém com os dois senadores. Alcolumbre e Pacheco, inclusive, estiveram presentes na festa de aniversário do ministro do STF no último sábado (13/12), em São Paulo, gesto interpretado no meio político como sinal de proximidade e abertura ao diálogo.

Para aliados de Lula, o desfecho dessa articulação servirá como termômetro da capacidade do governo de converter gestos diplomáticos e institucionais em resultados concretos no Congresso, especialmente em um momento de disputas internas por espaço e influência na mais alta Corte do país.

Jornal da cidade

By Jornal da Direita Online

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