O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou nesta segunda-feira (8) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para realizar um procedimento médico no próximo domingo (14). De acordo com a defesa, o tratamento é necessário para a retirada de lesões de pele identificadas em exames recentes, reforçando a preocupação com sua saúde em meio às medidas restritivas impostas pela Corte.
A intervenção está programada para o Hospital DF Star, em Brasília, em caráter ambulatorial, com expectativa de alta no mesmo dia. O pedido foi formalizado em ofício assinado pelo médico Claudio Birolini, responsável pela equipe cirúrgica que acompanha Bolsonaro. Segundo ele, trata-se de um nevo melanocítico localizado no tronco, alteração geralmente benigna, mas que requer acompanhamento caso apresente mudanças de cor, tamanho ou formato.
O detalhe mais simbólico é que a cirurgia está marcada para apenas dois dias após a conclusão prevista do julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma do STF, agendado para sexta-feira (12). Esse calendário coloca ainda mais tensão sobre o processo, já que o ex-presidente segue em prisão domiciliar há pouco mais de um mês, por determinação de Moraes, medida que tem sido alvo de críticas no meio político e jurídico.
O caso reforça como a vida pessoal e a saúde de Bolsonaro continuam diretamente afetadas pelas decisões do STF. Mesmo diante de um procedimento simples e de rotina, ele ainda depende de autorização judicial, revelando o grau de restrição e vigilância a que está submetido. O episódio expõe novamente o peso político do confronto entre Bolsonaro e Moraes, com reflexos que ultrapassam a esfera judicial.