A aposentadoria antecipada de Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, soa menos como um gesto de descanso em busca de “aprofundamento existencial” e mais como uma estratégia de autoproteção, após anos de exposições desnecessárias e inegável desgaste político.

Durante sua trajetória, Barroso revelou um perfil ideológico, por vezes muito distante da discrição necessária — e indispensável — a um ministro do STF. Frases como “Eleição não se ganha, se toma”, “Perdeu, mané” e “Acabamos com o bolsonarismo” ilustram uma postura de vaidade intelectual, soberba moral e senso de superioridade que o transformou em figura polêmica.

Mostrou-se com frequência autoritário e egocêntrico, adotando posturas não bem sintonizadas com a sobriedade judicial.

Revelou-se debochado e arrogante, sensível a críticas e propenso a intervenções fora do âmbito técnico, parecendo mais interessado em holofotes do que na institucionalidade esperada de um juiz constitucional.

Confundiu, muitas vezes a meu ver, o papel técnico do magistrado com o de protagonista político. Em outros  momentos, pareceu nada empenhado em construir uma reputação sólida e discreta como juiz da Suprema Corte.

Com capital intelectual inegável, mas legado institucional frágil, Barroso deixa o Supremo com a lembrança de um protagonismo que custou caro à sua carreira de ministro, que agora se encerra de forma até certo ponto melancólica.

Sua excelência sai do STF muito menor do que entrou.

E, “data vênia”, a meu juízo, já vai tarde!

(*Expresso aqui uma opinião pessoal, como advogado com mais de 40 anos de atividade, no legítimo e constitucional exercício da liberdade de expressão sem qualquer imputação de fato ilícito ou ofensa pessoal).

Jornal da cidade

By Jornal da Direita Online

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