
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) trouxe à tona o drama vivido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, após mais um episódio de mal-estar. Em um evento com apoiadores em Goiânia, nesta sexta-feira (20), Bolsonaro precisou interromper a agenda devido a fortes náuseas, sintomas que, segundo Carlos, são consequência direta da facada sofrida em 2018 durante a campanha presidencial.
No dia anterior, o ex-presidente já havia demonstrado sinais de desconforto ao interromper um discurso com arrotos, pedindo desculpas e revelando: “Eu vomito 10 vezes por dia, talvez”. Na manhã seguinte, ele esteve rapidamente em um encontro no Frigorífico Goiás, mas deixou o local com urgência e seguiu para Brasília, onde se encontra em repouso. Aliados confirmam que ele está estável, mas o estado de saúde inspira cuidados.
Carlos Bolsonaro foi direto em sua avaliação. Afirmou nas redes sociais que o pai faz uso de opioides fortes, como fentanil, para conter dores intensas decorrentes das diversas cirurgias abdominais. Ao todo, Bolsonaro já passou por seis intervenções após o atentado, o que, segundo médicos, aumenta o risco de aderências e complicações severas.
O vereador carioca, além de descrever a situação clínica do pai, aproveitou para criticar duramente o sistema judiciário brasileiro. Segundo ele, a facada de 2018 teve efeitos muito além do físico, atingindo a própria estrutura de justiça do país, com Bolsonaro sendo tratado com parcialidade e perseguição política constante.
“A faca perfurou mais que o abdômen de Bolsonaro: ela cortou qualquer ilusão de que o Estado trata a ele e sua família com igualdade diante da lei e da dor do ser humano”, disparou Carlos. A fala reforça o sentimento entre conservadores de que o ex-presidente e seus aliados enfrentam um sistema judicial hostil, que muitas vezes ignora garantias básicas em nome de agendas ideológicas.