A Polícia Federal deflagrou em sigilo uma nova fase da Operação Sisamnes, que apura esquemas de venda de sentenças e tráfico de influência em altas instâncias do Judiciário. Desta vez, o alvo foi Felipe Alexandre Wagner, assessor da Procuradoria-Geral da República, suspeito de vazar informações internas de processos que envolviam governadores e desembargadores.

A ação, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin (STF), incluiu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao servidor. A PF recolheu celular e notebook de Felipe, que já estaria em processo de exoneração da PGR. O caso ganhou corpo após a análise de conversas interceptadas entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos, e Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa Castro. No diálogo, o nome “Felipe” aparecia como alguém que elaborava pareceres capazes de influenciar decisões.

As investigações apontam que os vazamentos atingiram operações sigilosas em curso no STJ, como os inquéritos apelidados de Fames-19 e Maximus. Para a PF, a citação ao servidor da PGR reforça a tese de que o esquema de favorecimento não se limitava a magistrados, advogados e lobistas, mas alcançava também a instituição que deveria combatê-los.

O episódio expõe fragilidades dentro da própria Procuradoria-Geral da República e gera preocupação entre investigadores sobre desdobramentos políticos do caso. Fontes ouvidas afirmam que o envolvimento de um assessor da PGR pode abrir caminho para apurações mais amplas e dolorosas dentro das instituições de Justiça.

Com a inclusão de Felipe Wagner no rol de investigados, a Operação Sisamnes atinge um novo patamar, colocando o Ministério Público no centro do escândalo. Para a opinião pública, o caso reforça a percepção de que parte do sistema de Justiça está comprometida por interesses escusos e negociações de bastidores.

By Jornal da Direita Online

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