
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, se pronunciou nesta terça-feira (23) sobre a notícia que repercutiu ao longo desta segunda (22) de que ele teria se encontrado com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para interceder em favor do Banco Master, que é alvo de investigações por fraudes bilionárias.
Em nota, Moraes confirmou ter se encontrado com Galípolo, mas afirmou que a reunião teve como único objetivo discutir os efeitos da aplicação da Lei Global Magnitsky. O magistrado também relatou ter feito reuniões que trataram do mesmo assunto com a presidente do Banco do Brasil e com o presidente e vice-presidente jurídico do Banco Itaú.
No comunicado, Moraes relatou que chegou a se reunir ainda, de forma conjunta, com os presidentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) e do BTG, além dos vice-presidentes do Santander e do Itaú. O assunto da reunião em questão também teria sido a consequência das sanções da Magnitsky.
- Após polêmica, Luciano Hang diz que Havaianas virou ‘mico do Natal’ e cancela pedidos
- Bolsonaro escreve bilhete ao Metrópoles cancelando entrevista
- “Gilmar diz não ver necessidade de código de conduta no STF.”
- Após pressão, Moraes afirma que encontro com chefe do BC foi sobre a Lei Magnitsky!
- Em meio ao escândalo do Banco Master, Gilmar sai em defesa total e diz confiar “absolutamente” em Moraes!
– Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei [Magnitsky], em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito – diz a nota.
A manifestação do ministro ocorre após a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, revelar que Moraes teria procurado Galípolo para tratar de interesses do Banco Master, controlado por Daniel Vorcaro. O caso ganhou repercussão em razão da revelação recente de um contrato firmado pelo banco com o escritório de advocacia da esposa do ministro, Viviane Barci, no valor de R$ 129 milhões.
Confira, na íntegra, a nota de Moraes:
O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnitsky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú.
Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú.
Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.
Pleno News
