A cantora Anitta declarou publicamente que é favorável à taxação dos super-ricos, afirmando que não vê problema algum em pagar mais impostos. Em entrevista no tapete verde do prêmio Earthshot Prize 2025, realizado no Rio de Janeiro, ela afirmou que “minha responsabilidade como cidadã é pagar impostos” e que está “super a favor” de contribuir mais se for necessário.
No evento, Anitta também disse que quem mais polui o meio-ambiente normalmente é quem tem mais dinheiro, e por isso há uma lógica em que os mais abastados devem assumir uma parte maior das contribuições. “A porcentagem de responsabilidade da população pobre é muito pequena em comparação com as pessoas ricas”, afirmou.
Ela acrescentou que embora reconheça que o volume de impostos no Brasil seja alto, ela enxerga justificativa para a cobrança adicional — desde que o dinheiro arrecadado seja bem aplicado. “O que o governo faz com o dinheiro não é a minha responsabilidade. Minha responsabilidade como cidadã é pagar os impostos”, disse.
Anitta afirmou ainda que o fato de pagar mais impostos “não vai diminuir [sua] qualidade de vida”, pois continua tendo uma vida confortável. E completou: “Não me importaria de pagar mais impostos … o que o governo faz com isso, nós, como cidadãos, temos de cobrar”.
Para quem defende uma agenda de menos Estado, menos impostos e mais iniciativa privada, o posicionamento da cantora pode soar como sinal de alinhamento com propostas de maior intervenção estatal e redistribuição. Há o risco de que esse tipo de discurso incentive expectativas de que os “ricos” devem suportar mais peso sem questionamentos claros sobre gestão ou eficiência do gasto público.
Em resumo: Anitta posicionou-se favoravelmente à taxação dos mais ricos, indicando disposição pessoal para pagar mais impostos e enfatizando que quem tem mais responsabilidades também deve assumir mais contribuições — desde que haja transparência sobre o uso dos recursos públicos.