
O julgamento da chamada “trama golpista” revelou mais uma cena constrangedora para o Supremo Tribunal Federal (STF). Diante do próprio Alexandre de Moraes, o advogado do General Augusto Heleno, Matheus Milanez, fez duras críticas ao ministro, apontando abusos cometidos no processo.
Segundo o advogado, Moraes teria investigado redes sociais de testemunhas fora dos autos, sem qualquer respaldo processual, o que afronta diretamente a Constituição e o Código de Processo Penal. A prática, classificada como irregular, reforça a tese de que o magistrado ultrapassa os limites de suas funções ao atuar como investigador.
Milanez destacou ainda que, durante os interrogatórios de junho, o ministro foi além do papel de julgador. Moraes teria feito mais perguntas aos réus do que a própria Procuradoria-Geral da República (PGR), assumindo uma postura de acusador e comprometendo a imparcialidade do julgamento.
Para a defesa, essa confusão de papéis entre juiz e acusador fere de morte a essência do sistema acusatório, que prevê funções bem delimitadas: investigar, acusar e julgar. No entanto, sob a condução de Moraes, tudo parece centralizado em suas mãos, transformando o julgamento em um espetáculo de perseguição política contra Jair Bolsonaro e seus aliados.
O episódio reforça as críticas crescentes de que o STF, sob a batuta de Moraes, estaria atuando fora dos parâmetros democráticos, confundindo justiça com vingança. Para muitos, o julgamento já nasce contaminado e condenado à nulidade.