
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, subiu o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Nesta segunda-feira (22), Rubio declarou que o magistrado pratica “abuso de autoridade”, promove “ataques contra oponentes políticos” e utiliza sua posição para “instrumentalizar os tribunais, autorizar prisões arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão”.
A fala ocorreu logo após o governo Trump anunciar novas sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, e contra a LEX – Institutos de Estudos Jurídicos, apontada como holding da família. Segundo o Tesouro americano, a entidade é proprietária de diversos imóveis, incluindo a residência oficial de Moraes.
Rubio afirmou que as medidas ampliam as ações já adotadas pelos EUA para responsabilizar Moraes por criar um “complexo de censura”, perseguir opositores e violar direitos humanos. Ele também alertou que pessoas e instituições que “protegem atores estrangeiros malignos como Moraes” poderão ser alvo de retaliações futuras.
O comunicado do Tesouro revelou que a transferência da propriedade nominal de vários imóveis ligados à família Moraes para a LEX ocorreu há mais de uma década. Para os americanos, esse esquema seria parte da rede financeira utilizada para blindar o patrimônio do ministro em território internacional.
A escalada de sanções aprofunda o isolamento de Moraes no cenário internacional e coloca o STF em rota de colisão direta com Washington. Para a oposição brasileira, o movimento dos EUA comprova que a pauta da anistia e o combate à censura ultrapassaram as fronteiras nacionais, tornando-se tema central da política global.