
Nas conversas extraídas do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o nome do ministro Gilmar Mendes acabou aparecendo. O detalhe é que o contexto completo da situação ainda não foi revelado, mas a inclusão do decano do STF nesse imbróglio levantou questionamentos até mesmo entre aliados de Moraes.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com indignação nas redes sociais. Ele afirmou:
“GRAVE! Com o vazamento do celular de Jair Bolsonaro, Moraes expõe conversas de bastidores que implicam Gilmar Mendes – eu jamais faria isso. Assim como na decisão que prendeu JB, Moraes agora age sozinho expondo seus próprios colegas de corte, mostrando toda a sua psicopatia – ou ameaçando, demonstrando que está disposto a levar consigo para o buraco o maior número de pessoas possível.”
Eduardo completou dizendo que o gesto revela uma personalidade sem freios, típica de quem estaria disposto a sacrificar aliados para salvar a própria pele. Para ele, a conduta de Moraes é “estranha e desnecessária”, levantando dúvidas sobre a real necessidade de expor Gilmar Mendes, um dos ministros mais experientes da Corte.
O jornalista Paulo Figueiredo também se posicionou sobre o tema e trouxe uma leitura mais estratégica. Segundo ele, ao arrastar o nome de Gilmar para os autos, Moraes estaria enviando um recado interno ao próprio STF: se for atacado ou pressionado, não hesitará em implicar outros colegas. Essa interpretação sugere que a jogada seria uma espécie de “ameaça velada”, típica de um clima de desconfiança crescente dentro do Supremo.
No fim, a exposição de Gilmar Mendes não apenas aumenta a crise de credibilidade da Corte, mas mostra como o STF mergulhou em uma verdadeira guerra interna, com ministros tentando se blindar diante das sanções externas e da pressão política que só tende a se intensificar.