
As últimas medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), só tendem a aumentar a tensão já existente entre o governo americano e o atual regime brasileiro. O ambiente de perseguição política, que já vinha sendo denunciado, agora se apresenta de forma ainda mais clara e ostensiva.
O próprio relatório da Polícia Federal evidencia o caráter político das investigações, transformadas em verdadeiro instrumento de controle e “caça às bruxas”. As decisões seguem uma lógica seletiva, onde adversários são alvos constantes, enquanto aliados do sistema permanecem blindados e imunes a qualquer questionamento.
Não é exagero afirmar que o Brasil vive hoje sob um sistema autoritário, marcado pelo desequilíbrio entre poderes e pela centralização do Supremo em temas que deveriam ser debatidos no Legislativo. Essa realidade coloca o país em rota de colisão com democracias consolidadas, que enxergam cada vez mais os abusos cometidos por autoridades brasileiras.
Diante desse cenário, as sanções impostas pelos Estados Unidos não só vão prosseguir, como tendem a se intensificar. A mensagem é clara: ou se coloca um freio nas práticas autoritárias que minam o Estado de Direito, ou o preço será pago pela população brasileira, que já sofre com as consequências econômicas e sociais das decisões equivocadas do atual governo e de seus aliados no STF.