
O advogado norte-americano Martin De Luca, que representa o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após este declarar que não colocará em votação o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A postura de Alcolumbre escancarou a blindagem ao magistrado, mesmo diante da pressão da oposição.
Em declaração pública, De Luca questionou a legitimidade da decisão: “Se até mesmo a unanimidade no Senado é irrelevante, para onde o Brasil está indo?”. A fala foi uma referência direta ao fato de que a oposição conseguiu reunir 41 assinaturas, número suficiente para protocolar o pedido de afastamento de Moraes, mas, mesmo assim, Alcolumbre afirmou que “nem com todas as 81 assinaturas” pautaria o processo.
A situação reforça a percepção de que o Senado, sob o comando de Alcolumbre, atua mais como escudo do STF do que como uma casa independente. A recusa em sequer discutir o impeachment, mesmo com apoio expressivo dos senadores, levanta questionamentos sobre a validade do processo democrático no Brasil e fortalece a crítica internacional ao Judiciário e ao Legislativo brasileiros.
Vale lembrar que, na última quarta-feira (13), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) esteve em reunião na Casa Branca, onde, segundo informações da colunista Bela Megale, do O Globo, o foco das conversas foi justamente a atuação de Gilmar Mendes e de Davi Alcolumbre. O encontro demonstra que o tema ultrapassou as fronteiras nacionais e já repercute diretamente nas relações entre Brasil e Estados Unidos.