
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo cumprem agenda nesta terça-feira (12), em Washington, para reuniões com integrantes do governo Donald Trump. O objetivo é discutir o cenário político brasileiro e a possibilidade de novas sanções contra autoridades do país.
A movimentação ocorre no mesmo dia em que estava prevista uma reunião entre o ministro Fernando Haddad e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent — encontro que foi cancelado. Eduardo e Figueiredo levaram relatórios sobre a situação política no Brasil após a sanção da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, incluindo avaliações sobre o posicionamento do Congresso e de ministros do STF.
Entre as propostas defendidas, está a aprovação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e a abertura de um processo de impeachment contra Moraes no Senado — medidas que, no momento, não têm previsão de votação. O relatório ainda detalha ações ocorridas após as sanções, como a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, além de pesquisas de opinião e projeções políticas.
Outro ponto em debate é o alcance das sanções americanas — se o bloqueio se limita a operações internacionais ou se também afeta transações domésticas em bancos brasileiros ligados ao sistema financeiro dos EUA. Há, ainda, discussão sobre incluir Viviane Barci, esposa de Moraes, e outros ministros como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes na lista de possíveis alvos, utilizando a pressão financeira como estratégia de influência.
Figueiredo, ex-sócio de Trump em um projeto no Rio, atua como articulador das conversas de Eduardo com líderes do governo americano. Entre os interlocutores, estão nomes de peso como o secretário de Estado Marco Rubio e conselheiros próximos a Trump, como Jason Miller e Steve Bannon.