O presidente da Câmara, Hugo Motta, está avaliando a aplicação de punições regimentais com suspensão de mandato de até seis meses a parlamentares que obstruíram o plenário e impediram sua posse na Mesa Diretora, em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. A ação ocorreu na quarta-feira (6) e gerou forte tumulto institucional.
Lideranças do PT, PSB e PSOL protocolaram um pedido formal à Mesa Diretora para a suspensão de mandato dos deputados Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC). A acusação aponta para quebra de decoro parlamentar, alegando ação “premeditada e coordenada” contra o funcionamento da Câmara.
A decisão sobre eventuais sanções será tomada em conjunto pela Mesa Diretora, com base na análise das imagens das câmeras da Casa, conforme afirmou Motta. Ele defendeu que medidas sejam “pedagógicas”, para coibir repetições de atos semelhantes e preservar a disciplina legislativa.
Deputados aliados reforçaram que a atitude da oposição foi além do debate político, configurando uma obstrução do Poder Legislativo e necessidade de aplicação dos instrumentos regimentais. A sessão foi retomada apenas após mobilização de líderes e intervenção de figuras como Arthur Lira.
A mobilização de iniciativa parlamentar e receptividade da Mesa Diretora indicam que o Congresso busca reafirmar autoridade institucional e funcionamento regular, considerando a suspensão de mandatos como resposta exemplar a um episódio de descontrole na Casa.