
A crise política no Palácio do Planalto ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (1º), com a informação de que o partido União Brasil decidiu romper com o governo Lula e retirar oficialmente sua participação na base aliada. A sigla, que atualmente comanda ministérios estratégicos, estaria pronta para expulsar qualquer integrante que insista em permanecer no governo, ignorando a decisão partidária.
O movimento é resultado da crescente insatisfação de líderes do União Brasil com a condução política e econômica do país, marcada por conflitos diplomáticos com os EUA, instabilidade econômica e aumento da rejeição popular. Internamente, parlamentares pressionaram a executiva nacional a se afastar da gestão petista, avaliando que a aliança com Lula desgastou a imagem do partido diante do eleitorado.
Fontes em Brasília afirmam que a decisão foi motivada por fracassos sucessivos na articulação política, além da percepção de que o governo se isolou internacionalmente após o tarifaço imposto por Donald Trump e as recentes sanções da Lei Magnitsky contra ministros do STF. Dirigentes do União Brasil defendem que a legenda recupere sua identidade independente, voltada para a oposição, e não continue associada a uma gestão que mergulhou o país em crises internas e externas.
Caso a determinação seja confirmada, os ministros filiados à sigla terão de deixar os cargos de imediato ou enfrentar expulsão, perdendo apoio partidário e espaço nas eleições de 2026. A medida promete reconfigurar o equilíbrio de forças no Congresso, enfraquecendo ainda mais a base governista, que já enfrenta dificuldades para aprovar projetos no Legislativo.
A saída do União Brasil expõe o desgaste político de Lula, que vê aliados se afastarem em meio à perda de credibilidade e ao avanço da pressão popular contra o governo. Analistas acreditam que outros partidos do centrão podem seguir o mesmo caminho, isolando o PT e abrindo caminho para uma nova composição política antes das eleições presidenciais.