
A Fisesp – Federação Israelita do Estado de São Paulo – emitiu nota contundente após Lula ter caracterizado Israel como praticante de genocídio na abertura da cúpula dos BRICS no Rio. A entidade considerou a declaração “retórica ideológica”, afirmando que o presidente ignora o Holocausto e promove divisão, ao não citar o Hamas ou defender a libertação de reféns. A fala de Lula foi classificada como falsa, perigosa e isolacionista para o Brasil.
A reação da Fisesp reflete tensão diplomática crescente, com setores judeus pressionando por retratação e respeito à memória histórica. O episódio reacende o debate sobre o impacto da postura internacional do Brasil na relação com Israel e potenciais repercussões em acordos comerciais e cooperação militar.
Além de citar risco de antissemitismo, a nota aponta que a chancela do termo “genocídio” empurra o discurso para extremos polêmicos, sem mediação. Com o olhar crítico de entidades diplomáticas e da sociedade civil, o governo pode enfrentar desgaste em temas internacionais sensíveis.
O embate acontece em meio ao realinhamento global dos BRICS, mas também expõe fissuras internas no Brasil entre ativismo político e pragmatismo diplomático. A cúpula, que busca fortalecer o bloco como alternativa ao Ocidente, agora se vê envolta em controvérsia que afeta sua imagem externa.