Está tramitando no Senado Federal uma proposta legislativa de iniciativa popular que autoriza a criação e desenvolvimento de uma bomba atômica brasileira. O texto, publicado no portal e-Cidadania, foi apresentado por um cidadão e, até o momento, já conta com milhares de apoios, suficiente para ser analisado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da Casa.
A sugestão tem gerado ampla repercussão nas redes sociais e abriu debate sobre soberania nacional, defesa estratégica e a necessidade de o país se proteger diante de um cenário global instável. Os defensores da proposta argumentam que o Brasil precisa ter capacidade de dissuasão real diante de potências estrangeiras que já possuem armas nucleares, e que o atual cenário internacional exige postura firme e autônoma do país.
Por outro lado, setores ligados à esquerda e a ONGs internacionais já se mobilizam para tentar barrar a tramitação, alegando que o Brasil é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). No entanto, os apoiadores da medida rebatem dizendo que a segurança do Brasil não pode ser refém de tratados assinados em outras épocas e sob outras circunstâncias, e que a proposta representa a voz de um povo que não aceita mais o Brasil submisso e vulnerável.
Vale destacar que a ideia de dotar o país de armamento nuclear não é nova. Durante o regime militar, o Brasil já chegou a ter um programa nuclear avançado, que foi abandonado sob pressão internacional. Muitos hoje enxergam que essa decisão foi um erro estratégico e que, se o Brasil tivesse continuado seu projeto, seria hoje uma potência respeitada e temida.
A proposta será agora analisada pela comissão responsável no Senado e, se acolhida, poderá seguir como um Projeto de Lei. Mesmo que pareça simbólica, a movimentação é um termômetro claro da insatisfação popular com a atual fragilidade geopolítica do Brasil — e mostra que os brasileiros querem um país forte, respeitado e preparado para qualquer cenário.