
O ex-governador de São Paulo, João Doria, protagonizou uma cena inesperada durante a gravação do programa “No Alvo”, do SBT, nesta quarta-feira (26). Ele se retirou do estúdio visivelmente irritado após ser questionado sobre o vídeo que circulou em 2018, sugerindo sua suposta participação em uma orgia. Doria classificou o episódio como uma tentativa de humilhação e acusou a produção do programa de sensacionalismo barato.
A pergunta foi feita no bloco final da entrevista, quando o entrevistador tocou no episódio envolvendo um vídeo de conteúdo sexual que viralizou em 2018 e foi atribuído a Doria por adversários políticos. O ex-governador reagiu com indignação, interrompendo a gravação e chamando o programa de “tribunal de inquisição”. Para ele, relembrar esse episódio é uma “covardia” contra sua família e um desrespeito com sua esposa.
Doria ressaltou que as investigações da Polícia Civil e da Polícia Federal concluíram que o vídeo era uma montagem, fruto de fake news. Ainda assim, ele afirmou que o episódio continua sendo usado para tentar manchar sua reputação. Na saída do estúdio, declarou ter vivido “o maior constrangimento da sua vida pública” e disse que jamais autorizaria a veiculação do conteúdo gravado.
A equipe do SBT tentou contornar a situação, mas Doria manteve a decisão de abandonar o estúdio e vetar qualquer exibição do material. Internamente, a emissora avalia se levará ao ar os trechos iniciais da entrevista ou se arquivará o episódio por completo. O programa “No Alvo” ainda não tem data oficial de estreia, mas promete tratar de temas polêmicos com figuras públicas.
O caso repercutiu nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto alguns internautas defenderam Doria e classificaram a pergunta como ofensiva e desnecessária, outros consideraram que figuras públicas devem estar preparadas para lidar com assuntos delicados. O episódio reacende o debate sobre os limites do jornalismo de confronto e o respeito à vida pessoal de autoridades.