
A jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, gerou indignação ao comentar o recente confronto entre Irã e Israel com uma fala que beirou o inacreditável. Durante o programa Em Pauta, transmitido na sexta-feira (20), a comentarista questionou o motivo dos mísseis iranianos não matarem ninguém. Sua frase — “é uma mortezinha daqui, outra dali” — caiu como uma bomba nas redes sociais, provocando revolta por soar como lamento pela “eficiência” limitada dos ataques contra o território israelense.
A declaração foi recebida com espanto por internautas, analistas e lideranças políticas. Para muitos, a fala evidenciou um viés ideológico escancarado: enquanto as ações de Israel em Gaza são apresentadas como brutais, os ataques contra Israel são tratados com naturalidade, até com certo desdém. A comparação infeliz entre o número de mortos reforça a sensação de que certos jornalistas da velha imprensa perderam qualquer traço de imparcialidade.
A repercussão foi imediata. O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) ironizou a tentativa de retratação da jornalista, apontando a proteção institucional de que ela goza por fazer parte do “lado certo”. Segundo Bove, se um conservador dissesse algo remotamente parecido, o STF agiria com prontidão. “Ela não terá 48 horas para responder. Não será intimada. Não terá redes bloqueadas”, escreveu, denunciando o duplo padrão do sistema.