
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a inelegibilidade do empresário Luciano Hang, um dos mais notórios aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, até o ano de 2028. A decisão, tomada pelo ministro André Ramos Tavares, considerou que houve abuso de poder político e econômico nas eleições de 2020 em Santa Rosa (RS). Segundo a acusação, Hang teria beneficiado o então candidato a prefeito Anderson Mantei (PP) ao anunciar, durante a campanha, a instalação de uma loja da Havan na cidade.
O evento, ocorrido quatro dias antes do pleito, reuniu grande público e teve ampla repercussão nas redes sociais. Na ocasião, Hang declarou apoio explícito ao candidato e fez duras críticas ao PT, classificando o partido como responsável por décadas de atraso no país. Para o TSE, a influência do empresário feriu a igualdade de condições entre os concorrentes e comprometeu a legitimidade do processo eleitoral.
A ação foi movida pela coligação derrotada nas eleições municipais, composta por partidos de esquerda que alegaram interferência indevida. Também foram condenados à inelegibilidade o prefeito eleito Anderson Mantei e o ex-prefeito Alcides Vicini, ambos ligados ao mesmo grupo político conservador. A decisão foi recebida com revolta por parte dos eleitores locais, que consideram a sentença uma retaliação por posicionamento ideológico.
A defesa de Luciano Hang alegou que a condenação fere diretamente a liberdade de expressão, já que nenhum cidadão pode ser punido por manifestar sua opinião ou apoiar publicamente um candidato. Eles classificaram a decisão como um ataque à democracia e afirmaram que o evento não teve qualquer impacto comprovado no resultado eleitoral. A defesa estuda recorrer da sentença junto ao Supremo Tribunal Federal.
Hang, conhecido por seu ativismo político e empresarial, é frequentemente alvo de perseguições por parte da esquerda e da mídia militante. Seus vídeos, declarações e atos públicos sempre geraram reações fortes por parte de setores progressistas, que não toleram vozes contrárias ao seu discurso. Apesar da inelegibilidade, o empresário promete continuar atuando na defesa do Brasil conservador, inclusive apoiando candidatos nas próximas eleições.
A decisão do TSE é vista por muitos como mais um episódio da ofensiva judicial contra conservadores que ousam se posicionar. O caso reacende o debate sobre a politização do Judiciário e a criminalização da opinião. Para a direita, o sistema eleitoral brasileiro tem sido usado como ferramenta para remover adversários do jogo democrático, sempre com a justificativa de “proteger a democracia”.