
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) está ‘implorando’ ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorização para que o médico Bruno Luís Barbosa entre na Superintendência da Polícia Federal em Brasília com um aparelho de ultrassom portátil. O pedido foi feito nesta quinta-feira (11) e visa verificar a existência de hérnia inguinal bilateral no ex-presidente.
O requerimento ocorre após Moraes considerar insuficientes os documentos médicos apresentados anteriormente pela equipe jurídica de Bolsonaro. O ministro apontou que os exames anexados ao pedido inicial não eram atuais.
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Em resposta, os advogados informaram ter recebido nova solicitação médica.
“Recebeu pedido médico específico e atualizado, subscrito pelo Dr. Claudio Birolini, requisitando, em caráter de urgência, a realização de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda, para constatação de hérnia inguinal bilateral”, afirma o documento protocolado.
A equipe jurídica argumenta que o procedimento diagnóstico auxiliaria a “viabilizar a instrução pericial oficial, fornecendo elementos atualizados sem necessidade de deslocamento”.
O pedido especifica que o médico “ingresse nas dependências da Superintendência da Polícia Federal portando equipamento portátil de ultrassom, a fim de realizar os exames de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda”.
Em 9 de dezembro, a defesa solicitou autorização para que Bolsonaro realizasse procedimentos cirúrgicos no hospital DF Star, em Brasília. Os advogados pediram que o ex-presidente permanecesse na unidade hospitalar pelo “tempo necessário” para sua recuperação.
No documento inicial, a defesa ressaltou as condições de saúde do ex-presidente:
“Conforme relatórios e exames médicos já apresentados a essa Suprema Corte, o Peticionário sofre de múltiplas comorbidades graves e crônicas, que incluem as sequelas permanentes das cirurgias abdominais decorrentes do atentado sofrido em 2018 e o quadro de soluços incoercíveis que já demandou atendimento médico urgente”.
Moraes determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica oficial em 15 dias para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica imediata no ex-presidente. Esse tempo de 15 dias é extremamente longo, considera a defesa.
