A dinâmica eleitoral atual mostrou um padrão evidente: cada movimento político da família Bolsonaro vira alvo imediato do sistema, especialmente após a cassação de Jair. Quando Jair Bolsonaro ficou inelegível pelo TSE, abriu-se uma janela perigosa para que qualquer nome que ele lançasse fosse alvo direto de processos, denúncias e manobras judiciais. Essa lógica se repetiu com Eduardo Bolsonaro, que mal ensaiou um protagonismo e já enfrentou investidas articuladas. O mesmo ocorreu com Flávio Bolsonaro, cuja simples participação em um ato público foi tratada como um “crime”, deixando claro que a perseguição continua ativa.
Com esse cenário, é preciso raciocinar estrategicamente. Se vocês fossem Bolsonaro, colocariam o “candidato real” logo agora, entregando ao sistema um ano inteiro para tentar destruí-lo antes da eleição? A resposta parece óbvia para qualquer observador atento do jogo político. Manter Flávio Bolsonaro como nome oficial neste momento é a melhor jogada, pois segura o tabuleiro, evita exposição desnecessária e impede que eventuais perseguições judicialmente planejadas tenham tempo para consolidar efeitos irreversíveis.
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Isso não significa, necessariamente, que exista alguma articulação secreta para mudança de nomes. O que existe é realismo político. Com Flávio no centro, o movimento continua unido, articulado e protegido. E, ao mesmo tempo, preserva a possibilidade de ajuste tático mais perto da eleição, caso a conjuntura exija. A direita não pode entregar suas cartas antes da hora, especialmente diante de um ambiente hostil onde cada passo é monitorado e atacado.
Por isso, apoiar Flávio Bolsonaro hoje é não apenas sensato, mas necessário. Ele mantém o grupo no jogo, ocupa o espaço público e simboliza resistência institucional. E, se alguma adversidade surgir no caminho — algo que ninguém pode descartar —, a direita tem a tranquilidade de contar com dois excelentes “atacantes no banco de reservas”, preparados para entrar e virar o jogo caso a batalha eleitoral mude de ritmo. O movimento se fortalece justamente porque não depende de um único nome.
A estratégia, portanto, é clara: unidade agora, flexibilidade depois. O apoio a Flávio é o eixo que sustenta essa engenharia política e preserva opções para 2026. É isso que mantém a direita viva, competitiva e preparada para enfrentar um sistema que já mostrou inúmeras vezes que fará de tudo para impedir o avanço do bolsonarismo.