O ministro Alexandre de Moraes determinou que o ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro seja citado por edital, depois de a Justiça informar que não conseguiu encontrá-lo no endereço registrado nos autos. A carta de ordem retornou por “diligência infrutífera”, e Moraes mandou cumprir a notificação pela via pública.
Tagliaferro, no entanto, desmentiu a versão e expôs Moraes nas redes sociais. Em publicação no X, afirmou estar na Itália, com endereço já informado no processo, inclusive no pedido de extradição feito pelo próprio ministro. Ele lembrou ainda que seu advogado, Paulo Faria, também atualizou os dados oficialmente.
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“Moraes, estou aqui, na Itália, você tem meu endereço nos autos, ou esqueceu que pediu a extradição e a corte daqui já encaminhou meu endereço, ah, meu advogado Paulo Faria também colocou.”
Tagliaferro é acusado de revelar a Vaza Toga, denúncia que expôs a existência de um suposto gabinete paralelo dentro do TSE voltado a monitorar e perseguir a direita nas eleições de 2022. O episódio incomodou profundamente setores do Judiciário e fortaleceu críticas sobre o uso político de estruturas institucionais.
A resposta pública do ex-assessor amplia a tensão com Moraes e reforça a percepção de que o processo contém contradições e atos que beiram o constrangimento ilegal, justamente num caso que envolve denúncias de abuso de poder e perseguição política.