
A nova operação da Polícia Federal colocou novamente o Banco Master no centro de um enorme escândalo, culminando na prisão de seu proprietário, Daniel Vorcaro, e expondo uma relação até então pouco debatida: o banco já foi defendido pelo escritório Barci de Moraes, onde atuam Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e também os filhos do magistrado.
Ainda que não haja processos públicos ligando diretamente Viviane ao Master no STF, a revelação da colunista Malu Gaspar, em abril, indica que a esposa do ministro representou a instituição em “algumas ações”, embora sem transparência sobre valores ou escopo.
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Consultas recentes ao sistema do Supremo identificaram que Viviane atua atualmente em 31 processos, mas nenhum deles aparece relacionado ao Banco Master, e apenas um segue em tramitação. Desde que a advogada foi sancionada pelos Estados Unidos via Lei Global Magnitsky, o cenário do escritório mudou drasticamente, culminando até mesmo na retirada do site do ar. Com o desgaste, Viviane abriu uma nova banca jurídica ao lado da filha Giuliana, buscando reconstruir a atuação após o impacto internacional da sanção.
No âmbito policial, a PF prendeu Daniel Vorcaro e o sócio Augusto Lima para investigar crimes ligados à suspeita venda do Master ao Banco de Brasília (BRB). A operação, batizada de Compliance Zero, aponta irregularidades graves, como a emissão de títulos de crédito falsos, posteriormente repassados ao BRB. Após fiscalização rigorosa do Banco Central, esses títulos teriam sido substituídos por ativos sem qualquer avaliação técnica, configurando possível gestão fraudulenta, gestão temerária e até organização criminosa.
O Banco Central, inclusive, já havia reprovado a compra do Master pelo BRB em setembro, após cinco meses de análise. O órgão concluiu que existia risco alto de o banco brasiliense herdar ativos considerados “podres”, aumentando o alerta sobre o caso. Nesta fase da operação, além dos donos, diretores do Master também foram alvos de mandados de prisão, ampliando a gravidade do esquema e expondo, mais uma vez, a profunda fragilidade do sistema financeiro associado ao governo Lula e aos seus círculos próximos.
