
Foi patética a reação dos ministros do Descondenado ao comemorarem a redução das tarifas globais dos EUA para carne, café e alguns outros produtos, para na sequência descobrirem que a redução foi de 50% para 40% para o Brasil.
Alguns já corriam para tentar capitalizar politicamente o episódio, vendendo-o como uma “vitória da diplomacia brasileira” — quando, na realidade, trata-se de uma medida aplicada a todos os países, motivada exclusivamente pelas pressões inflacionárias internas nos EUA.
O episódio apenas evidencia que as negociações bilaterais praticamente não avançaram. A interlocução até aqui é um fiasco, já que o próprio governo brasileiro desconhecia o fato de que o Brasil continuaria sendo o país mais taxado do planeta pelos EUA.
Se essas tarifas forem, de fato, removidas em algum momento, não será por habilidade de negociação do regime brasileiro, mas sim por mero interesse estratégico dos Estados Unidos.
