
As ausências em massa de países do Mercosul e principalmente do Brics — blocos tão exaltados por Lula (PT) em seus discursos — transformaram em fiasco a reunião de cúpula preparatória da COP30, realizada em Belém (PA). O encontro, que antecederia os debates técnicos da conferência climática, acabou esvaziado e marcado por um vexame diplomático.
Nenhum dos chefes de Estado dos principais parceiros do Brasil compareceu, nem mesmo os do bloco sul-americano, que Lula preside temporariamente. Para diplomatas experientes, o silêncio das nações vizinhas foi interpretado como um boicote articulado pelo presidente argentino Javier Milei, que segue consolidando sua aliança com Donald Trump e afastando-se do eixo lulista.
A ausência dos representantes do Brics foi ainda mais humilhante. Após meses de declarações de Lula atacando os Estados Unidos e defendendo a substituição do dólar nas relações comerciais, nenhum dos “companheiros” do bloco compareceu: Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia) e Matamela Ramaphosa (África do Sul) simplesmente ignoraram o evento. A cena deixou evidente o isolamento internacional do governo petista, que perdeu prestígio tanto entre as potências emergentes quanto entre os tradicionais parceiros ocidentais.
Diplomatas estrangeiros avaliam que o boicote teve duplo significado político. Além de representar desconfiança com o alinhamento ideológico de Lula, o gesto teria sido uma “piscadela” ao governo Trump, sinalizando reposicionamento estratégico em favor de Washington. O raciocínio é simples: ao isolarem o Brasil lulista, os países do Brics e do Mercosul indicam que preferem manter pontes com a futura administração republicana nos EUA, que deve endurecer contra regimes autoritários latino-americanos e aliados do socialismo internacional.
O constrangimento aumentou quando até o uruguaio Yamandú Orsi, considerado um raro esquerdista moderado e aliado próximo de Lula, decidiu não comparecer à cúpula. Nem mesmo uma mensagem de apoio foi enviada por Montevidéu. O Itamaraty, em nota discreta, optou pelo silêncio, sem justificar as ausências. Nos bastidores, diplomatas brasileiros admitem que a política externa “ideologizada e antiamericana” de Lula arruinou a credibilidade internacional do Brasil, afastando investidores, governos e parceiros históricos.
O episódio reforça a percepção de que o Brasil perdeu o protagonismo regional e internacional. A insistência de Lula em apoiar regimes autoritários e atacar o Ocidente resultou num isolamento sem precedentes. O sonho de liderar o Sul Global virou piada entre analistas internacionais. E o vexame na COP30 mostra que, quando o petismo fala em “inclusão global”, o mundo civilizado responde: “inclua-nos fora dessa”.
