
O ditador venezuelano Nicolás Maduro teria sinalizado disposição para negociar com os Estados Unidos, mas impôs duas condições consideradas inaceitáveis por Washington: anistia total aos membros do regime chavista e garantia de participação política em uma eventual transição de poder. Segundo fontes citadas pelo O Globo, Maduro busca um acordo que assegure a sobrevivência do movimento socialista que domina a Venezuela há mais de 25 anos.
A proposta surge em meio a forte pressão militar dos EUA, que aumentaram sua presença no Caribe e no Pacífico sob a justificativa de combate ao narcotráfico. O governo Donald Trump já destruiu 16 embarcações suspeitas de transportar drogas para o regime chavista desde setembro. Analistas apontam que o cerco dos Estados Unidos ameaça diretamente a estrutura de poder de Maduro, que teme o colapso interno e busca apoio diplomático antes que a ofensiva avance.
Durante seu primeiro mandato, Trump tentou enfraquecer o regime por meio de sanções econômicas e do reconhecimento do governo paralelo de Juan Guaidó. Agora, fontes do Washington Post afirmam que o presidente norte-americano avalia autorização para ataques cirúrgicos contra bases militares venezuelanas, mas ainda estuda o impacto político de uma ação direta. Mesmo assim, o tom de Washington é de tolerância zero com o narcossocialismo latino-americano.
Maduro, por sua vez, tenta ganhar tempo. Enviou pedidos de apoio militar à China, Rússia e Irã, temendo que a escalada de tensão leve à sua captura. O cenário atual deixa claro: o regime chavista está encurralado, sem apoio interno e sob cerco internacional. Os próximos dias prometem definir se o ditador conseguirá salvar o próprio regime — ou se a era socialista da Venezuela chegará ao fim sob pressão dos Estados Unidos.
